VIVÊNCIA DE REGISTRO AKÁSHICO
Gratidão aos antepassados
Quem chega, partiu de algum lugar. Somente porque partiu, chega a outro lugar.
Só quem realmente partiu pode realmente chegar, aqui ficar, pelo menos por um tempo, algumas vezes por um longo tempo ou até mesmo a vida inteira.
Precisamos também deixar partir novamente muitos que chegaram até nós e ficaram conosco. Assim, os pais depois de um tempo deixam seus filhos partirem e os filhos
deixam seus pais partirem, principalmente quando estes morrem.
Esse deixar partir é adequado. Serve à vida e a sua realização. Os amigos também chegam, ficam por um certo tempo e partem quando chega a hora adequada para eles e para nós.
Podemos deixá-los partir, sem perdê-los, pois o que significaram para nós permanece conosco, talvez até de uma forma mais valiosa do que se tivessem ficado.
Inversamente também deixamos amigos e outras pessoas importantes quando prosseguimos, porque outras coisas nos atraem e nos desafiam. Essa partida também é adequada e nos deixa abertos e livres para outras coisas.
No decorrer do tempo, nosso coração e nossa alma deixam muitos desejos partirem, muitos sonhos, esperanças ou também certezas que se comprovaram serem irrealizáveis
ou inadequadas.
Porque eles partiram outros podem chegar. Mas então examinamos se eles são constantes ou passageiros e conforme forem, deixamos que fiquem ou partam novamente.
Talvez também chegue a hora em que nos sentimos tão preenchidos como se estivéssemos já na meta.
Então não importa mais o que chega ou parte, isso não faz mais diferença para nós. É como uma “troca leve como o vento”, que quase não deixa vestígios, porque o essencial já chegou e todo o resto partiu. Aqui encontramos a paz e
já alcançamos a última partida. Então, só gratidão pelo intervalo de poder ficar e viver o amor. Do Poema: Rainer Maria Rilke